quarta-feira, 1 de agosto de 2012

HPV


Oi meninas, hoje o papo é um pouco mais sério!
Vamos conversar um pouquinho sobre a nossa saúde?
Um dos assuntos mais falados em clínicas ginecológicas é o HPV. O número que pessoas infectadas pelo HPV é preocupante, visto que está associado a um grave problema de saúde coletiva: a displicência quanto ao uso de preservativos.


Mas vamos com calma, primeiro, vocês sabem o que é o HPV?
HPV, sigla usada para o papiloma vírus humano, são um grupo de vírus pertencentes à família Papilomaviridae que causam lesões na pele e a mucosa através do crescimento celular irregular; as lesões podem ser limitadas e regredirem naturalmente ou podem ser lesões que tendem a progredir.
Por se tratar de uma doença sexualmente transmissível, em muitos casos são detectados por lesões na região da vagina, vulva, pênis, ânus (que normalmente estão relacionadas a baixo risco de câncer) ou lesões em colo de útero. Podem ser encontradas lesões em região de orofaringe.
Os mais de 200 tipos de HPV podem ser divididos grosseiramente em dois tipos: o de baixo risco de câncer e os de alto risco de câncer. Os de baixo risco de câncer normalmente são encontrados em região laríngea e em forma de verrugas vaginais; apesar de serem considerados de baixo risco, há uma pequena proporção que apresenta relação com tumores malignos. Já os de alto risco provocam lesões mais resistentes, que costumam persistir e estarem associadas a lesões pré-cancerosas (entenderam então o motivo de tanta preocupação né?)
O vírus normalmente é contraído através de relações sexuais desprotegidas. Podem se apresentar de forma clínica (através de verrugas) ou subclínica (onde normalmente o indivíduo é assintomático).
É importante diagnosticar precocemente a presença do HPV pois quanto mais cedo tratado menores os riscos de uma progressão para tumores malignos. O diagnóstico pode ser feito através de exames realizados por profissionais especializados (urologista, ginecologista e dermatologista). Normalmente as mulheres descobrem que estão infectadas nos exames preventivos realizados de 6 em 6 meses no ginecologista. Ao detectar uma lesão, será feita uma captura híbrida e PCR, que confirmará o resultado.


O tratamento adotado para a eliminação das lesões varia a depender do tipo de lesão e a depender do profissional que te acompanha. Podem ser utilizados como tratamento cáusticos tópicos, imunoterapia ou procedimentos cirúrgicos.
Com relação à prevenção e/ou tratamento do HPV há uma certa polêmica quanto ao uso das vacinas. Não vou entrar em detalhes sobre esse assunto, mas há recomendações de que esta seja utilizada em mulheres livres do vírus ou que ainda não tenham iniciado sua vida sexualmente ativa (porém, não se descarta a utilização da vacina como forma de prevenção para outros tipos de vírus ou mesmo de tratamento em organismos já infectados). O que se vê, na prática, é que essa decisão varia de profissional para profissional. Se você tiver condição de se vacinar com certeza vale a pena conversar com seu médico e decidirem quanto a isso.



Fique ligada:

  • ·         Apesar de o vírus poder ser transmitido mesmo com o uso de preservativo, este é ainda o melhor método para prevenção do HPV;
  • ·         O HPV pode ser transmitido pelo beijo boca a boca (porém esse é um método muito raro de transmissão), relações sexuais heterossexuais ou homossexuais (sendo que em relações entre 2 mulheres é menos frequente já que não há penetração), sexo anal e sexo oral. Além da transmissão vertical (de mãe para o bebê).
  • ·         Nem sempre uma infecção por HPV é sinônimo de traição, seu parceiro pode já ter sido contaminado anteriormente, porém desde que passou a manter relações somente com você não manifestou nenhum sinal e só agora teve uma baixa imunológica que fez com que ele lhe transmitisse o vírus;
  • ·         É possível sim uma mulher que contraiu HPV ter filhos. Porém, em alguns casos o feto pode já ter contato com o vírus através do líquido amniótico; nesse caso, há possibilidades de o parto ser normal, parto cesárea normalmente só é exigido quando a lesão por HPV encontra-se desenvolvida a ponto de dificultar a realização do parto normal. Claro que a forma como o bebê virá ao mundo será decidida pelo seu médico, a partir das condições em que você e seu bebê se encontram.
  • ·         Após serem detectadas lesões ocasionadas pelo HPV, o vírus permanece em seu organismo mesmo que você não apresente mais lesões, a destruição do vírus só ocorre quando o organismo consegue combatê-lo em sua fase latente, antes mesmo dele se reproduzir; após a sua multiplicação é muito provável que o vírus permaneça em seu organismo pra sempre e “aproveite” de momentos onde você se encontra imunodeprimido. Por isso fique atenta sempre em manter seu sistema imunológico fortalecido pra evitar novas lesões;
  • ·         Nem sempre é possível detectar o HPV através do papanicolau, a forma subclínica normalmente só é detectada através da colposcopia. Portanto, se você apresentar qualquer sintoma fora do normal (por exemplo, prurido local) avise ao seu médico para que, caso seja necessário, ele realize esse exame.
  • ·         Apesar de um grande número de mulheres estarem infectadas pelo vírus, apenas 3 a 10% apresentam tumores malignos de colo de útero relacionados ao HP, portanto meninas, cuidem-se que é possível sim manter uma vida saudável e conviver sem neuras com esse vírus.



As informações foram tiradas dos seguintes sites:

INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER. http://www1.inca.gov.br/conteudo_view.asp?id=327.

Fica a dica pra uma leitura um pouco mais extensa sobre o assunto!

Beijos e até!
Nath

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